Agência France-Presse
postado em 14/11/2013 15:04
O secretário de Estado americano John Kerry revelou nesta quinta-feira (14/11), pela primeira vez, que os Estados Unidos poderão liberar uma parte mínima dos cerca de 45 milhões de dólares de ativos iranianos congelados em contas bancárias em todo o mundo.
Em um momento em que o secretário de Estado tenta persuadir os legisladores americanos das vantagens de um acordo com o Irã para deter seu controverso programa nuclear, Kerry insistiu que "as sanções não serão aliviadas com o núcleo radical do regime".
"Serão mantidas 95% ou mais das atuais sanções", afirmou o chefe da diplomacia americana em uma entrevista concedida ao canal MSNBC, depois do fracasso das primeiras negociações em Genebra, no fim de semana passado.
Antes que as sanções começassem a se fazer sentir, Teerã obtinha entre 110 e 120 bilhões de dólares anuais através das vendas de petróleo, afirmou Kerry, que lidera os esforços da administração de Barack Obama para que o Congresso apoie um acordo para deter o programa iraniano de enriquecimento de urânio.
Kerry disse que, por causa das sanções, os iranianos têm cerca de 45 bilhões de dólares congelados em bancos de todo o mundo, aos quais não podem ter acesso.
"Estamos falando em liberar uma parte mínima disso, porque temos de fazer algo para que valha a pena para eles dizer sim. Revisaremos nosso programa, o bloquearemos em seu atual estado e, inclusive, voltaremos atrás", insistiu Kerry.
Negociadores das grandes potências - EUA, Grã-Bretanha, China, França, Rússia e Alemanha - se reunirão novamente com o Irã na quinta e na sexta-feira, em Genebra, para buscar um acordo.