Agência France-Presse
postado em 14/11/2013 18:40
O Exército líbio anunciou nesta quinta-feira (14/11) a demissão de mais de 900 soldados e oficiais acusados de terem combatido nas fileiras leais ao falecido ditador Muammar Kadhafi durante a revolução de 2011.A Comissão de Integridade e Reforma do Exército líbio estabeleceu uma lista de 915 soldados e oficiais que apoiaram o regime e que, dois anos depois da revolta, continuavam no Exército.
"Em sua decisão, a comissão se baseou na atribuição a esses militares da insígnia de feridos de guerra" pelo Ministério da Defesa do antigo regime, devido aos ferimentos sofridos na revolução - explicou o coronel Ali al-Sheikhi, porta-voz do chefe do Estado-Maior.
Desde a queda do regime de Kadhafi, em outubro de 2011, ocorrida após um conflito que se arrastou por oito meses, a Líbia tem tido muita dificuldade para criar um Exército e uma polícia profissionais e eficazes.
Até agora, o poder de transição contou com grupos de ex-rebeldes indisciplinados para garantir a segurança no país, dando-lhes salários e privilégios.