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Cerca de 100 pessoas morreram em confrontos tribais no oeste do Sudão

Os exércitos do Chade e do Sudão enviaram reforços neste sábado, segundo a mesma fonte humanitária

Agência France-Presse
postado em 16/11/2013 19:37
Cartum - Cerca de 100 pessoas morreram em enfrentamentos entre tribos árabes rivais em Darfur, uma região do oeste do Sudão, anunciou a rádio estatal neste sábado, sem informar o período a que se refere o balanço.

"O número de vítimas subiu a 100" depois de combates entre as tribos Miseriya e Salamat, informou a Radio Omdurman em um breve boletim enviado por mensagem SMS.

A Radio Omdurman disse que os enfrentamentos tinham acabado, mas um líder da Miseriya disse à AFP que os combates continuavam neste sábado próximo à cidade de Um Dukhun, com mais de 50 mortos em ambos os grupos.


Soldados chadianos membros de uma patrulha fronteiriça mista sudanesa-chadiana morreram na quinta-feira em combates com os Salamat, segundo uma fonte humanitária, que não pode informar uma cifra exata.

Depois de ter atacado Umm Dukhun (próximo da fronteira) e um campo de desalojados nos arredores, os Salamat "foram expulsos pelas forças conjuntas do Chade e do Sudão, e empurrados para o Chade, onde os soldados os seguiram durante um momento", explicou a fonte. Foi nesse momento que os soldados chadianos foram assassinados, "provavelmente no Chade".

Os exércitos do Chade e do Sudão enviaram reforços neste sábado, segundo a mesma fonte humanitária. No momento, não foi possível obter confirmação do porta-voz do exército sudanês.

Há dez anos grupos rebeldes não árabes tomaram as armas em Darfur contra o poder árabe que, para eles, monopolizava o poder e as riquezas da região. Como reação, as milícias Janjawid, formadas com homens das tribos árabes e com apoio do governo, cometeram numerosas atrocidades contra os civis.

Contudo, segundo os especialistas, o governo do Sudão, sem dinheiro, perdeu o controle destas tribos, para as quais tinha proporcionado armas para lutar contra a rebelião.

A missão conjunta ONU-União Africana em Darfur (Minuad) expressou na segunda-feira sua "profunda preocupação com a escalada dos combates".

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