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Grupo de extrema esquerda grega reivindica assassinato de neonazistas

O partido neonazista é acusado de ter assassinado e atingido imigrantes e outros simpatizantes de esquerda durante os dois últimos anos

Agência France-Presse
postado em 16/11/2013 21:07
Atenas - O assassinato no dia 1; de novembro de dois membros do partido neonazista grego Amanhecer Dourado foi reivindicado neste sábado por um grupo de extrema esquerda desconhecido até agora que disse ter atuado em represália ao assassinato de um músico antifascista por um neonazista.

"Nós, os Poderes Revolucionários Combatentes do Povo, reivindicamos a responsabilidade das execuções políticas dos membros fascistas do partido neonazista Amanhecer Dourado", afirma um comunicado publicado no site grego Zougla.


"O ataque foi uma represália pelo assassinato de Pavlos Fyssas", um rapper de 35 anos assassinado a punhaladas no dia 18 de setembro por um membro do Amanhecer Dourado na saída de um bar em um subúrbio do sudeste de Atenas, segundo o texto.

No comunicado, o partido neonazista é acusado de ter assassinado e atingido imigrantes e outros simpatizantes de esquerda durante os dois últimos anos.

O comunicado foi inicialmente duplicado em uma memória USB que foi colocada em uma bolsa de plástico e deixada em Kaisariani, um subúrbio da capital grega. Foi descoberta após uma chamada telefônica, informou Zougla.

A investigação sobre o assassinato por dois desconhecidos no começo deste mês de Emmanuel Kapelonis, de 22 anos, e de Giorgos Foudoulis, de 27, dois seguranças da sede do Amanhecer Dourado em uma avenida de um subúrbio do norte de Atenas, foi encarregada à brigada da luta antiterrorista.

O assassinato do músico Pavlos Fyssas comoveu a Grécia e conduziu as autoridades a lançar, pela primeira vez, uma ofensiva contra o Amanhecer Dourado. Este partido foi acusado de atos de violência durante vários anos, mas gozava de uma quase total impunidade.

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