Agência France-Presse
postado em 17/11/2013 11:11
Trípoli - A greve geral de 72 horas convocada em Trípoli, calma na manhã deste domingo depois dos confrontos que deixaram mais de 40 mortos na sexta-feira, tinha forte adesão em seu primeiro dia.
[SAIBAMAIS]Na área antiga da cidade e no centro de Trípoli, assim como nos bairros periféricos de Fashlum, Tajura (leste) e Janzur (oeste), as lojas estavam fechadas, com exceção de alguns pontos de venda de alimentos e alguns cafés.
Os bancos também estavam fechados, assim como a maioria de colégios e universidades, apesar do ministério da Educação ter anunciado que as aulas deveriam ser retomadas normalmente neste domingo, após o fim de semana (sexta-feira e sábado).
O Conselho Geral de Trípoli (equivalente à prefeitura) anunciou no sábado uma greve geral de três dias na capital líbia, "em todos os setores públicos e privados".
Esta greve geral será realizada "em sinal de luto" e de solidariedade com as famílias das vítimas de sexta-feira, afirmou o governo em um comunicado.
A violência explodiu na sexta-feira quando os milicianos instalados no bairro de Gharghur (sul) abriram fogo contra manifestantes pacíficos que pediam a saída da milícia de Trípoli.
Em represália, homens armados atacaram a sede da milícia, o que provocou confrontos violentos que terminaram com pelo menos 43 mortos e mais de 450 feridos, segundo o ministério da Saúde.
Novos confrontos foram registrados no sábado na periferia da capital.
Os moradores de Trípoli protestam regularmente contra a presença de facções armadas, que chegaram à cidade procedentes de outras localidades para participar na libertação de Trípoli do regime de Muamar Kadhafi em agosto de 2011 e não abandonaram a capital, aproveitando o vácuo de segurança.
O governo ainda tenta formar um Exército e uma força policial.