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Abbas diz que negociações de paz continuarão por até nove meses

Presidente da Autoridade Palestina informou também que a equipe de negociadores dirigida por Saëb Erakat continuará até nova ordem

Agência France-Presse
postado em 17/11/2013 18:51
Ramallah - O presidente palestino, Mahmud Abbas, disse este domingo (17/11) que as negociações de paz com Israel continuarão durante o prazo estabelecido de nove meses, "aconteça o que acontecer", em entrevista exclusiva à AFP. "Nos comprometemos e vamos até o final dos nove meses e depois tomaremos a decisão apropriada", disse Abbas à AFP durante a entrevista em Muqataa, sede da presidência em Ramallah.

O presidente da Autoridade Palestina informou também que a equipe de negociadores dirigida por Sa;b Erakat, que apresentou recentemente sua renúncia coletiva, continuará até nova ordem. "A delegação das negociações apresentou sua renúncia, que não aceitamos até agora. A direção palestina a está estudando, hoje houve uma reunião em que se falou sobre esta renúncia, mas foi decidido dar mais tempo antes de tomar uma decisão", explicou Abbas.

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Abbas pediu, além disso, uma comissão de investigação internacional sobre a morte de Yasser Arafat, depois que foram publicados os resultados de análises médicas que apoiam a tese de um envenenamento do líder histórico. "Temos indícios de que o presidente Yasser Arafat não morreu de velhice nem de doença, mas há indícios de que morreu envenenado", acrescentou, se referindo a conclusões de análises suíças e russas de mostras biológicas de Arafat, entregues no começo do mês aos dirigentes palestinos.

"Quem pôs esse veneno e quem o enviou, isso merece uma investigação. É por isso que pedimos uma investigação internacional do tipo que a França pediu para (o ex-primeiro-ministro libanês assassinado) Rafic Hariri, para descobrir quem matou Yasser Arafat", acrescentou.

"Não podemos acusar Israel sem sentença", considerou o presidente palestino, em resposta a uma pergunta sobre a responsabilidade de Israel.

O presidente da comissão de investigação palestina sobre a morte de Arafat, Tawfiq Tiraoui, apontou Israel, no dia 8 de novembro, como "o principal e único suspeito".

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