Agência France-Presse
postado em 18/11/2013 09:59
Joanesburgo - Nelson Mandela, que recebe assistência médica domiciliar desde setembro, segue em "estado estável, mas crítico", indicou nesta segunda-feira (18/11) a presidência sul-africana, ao se expressar pela primeira vez desde que o presidente deixou o hospital, há quase três meses. "O estado de saúde do ex-presidente continua sendo mais ou menos o mesmo de quando o presidente (Jacob) Zuma o visitou pela última vez, ou seja, estável, mas crítico, e Madiba segue respondendo ao tratamento", segundo um comunicado.O comunicado foi emitido depois de uma visita do presidente Jacob Zuma ao herói da luta contra o apartheid nesta segunda-feira (18). Zuma deve inaugurar na noite de hoje uma exposição permanente sobre a vida de Nelson Mandela em suda fundação em Joanesburgo. Segundo ex-mulher de Mandela, Winnie Madikizela-Mandela, o ex-presidente sul-africano continua bastante doente e não é capaz de falar, mas se "comunica por sinais", afirmou a um jornal sul-africano no domingo (17/11).
O ícone da luta contra o apartheid, de 95 anos e que recebe atendimento médico em casa desde setembro, "se comunica por sinais com seu rosto". "Não pode articular palavras por causa de todos os tubos em sua boca para drenar os pulmões", afirmou Madikizela-Mandela ao The Sunday Independent. "Os médicos afirmaram que esperam que ele recupere a voz. Disseram que respira com a ajuda de aparelhos. Isto é mentira", completou.
Mandela, primeiro presidente negro da África do Sul, é atendido por uma equipe de 22 médicos em sua residência de Joanesburgo desde 1; de setembro, depois de ter passado três meses internado por uma infecção pulmonar. Apesar de estar curado de uma pneumonia, seus pulmões continuam frágeis, destacou Winnie Madikizela-Mandela.
"É difícil para ele, continua muito sensível aos germes e deve permanecer em um ambiente esterilizado. O quarto dele é como um quarto de UTI", contou ao jornal. "Mas quando está relaxado, fica bem". Os problemas pulmonares do Prêmio Nobel da Paz estão provavelmente ligados às sequelas de uma tuberculose que sofreu quando cumpria uma pena de prisão em Robben Island, perto da Cidade do Cabo, na qual passou 18 de seus 27 anos de detenção sob o regime do apartheid.