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França pede fim da colonização israelense em territórios palestinos

Holande disse em Jerusalém que espera "gestos" de Israel relacionados à colonização dos territórios ocupados que contribuam com o processo de paz

Ramallah - O presidente francês François Hollande pediu nesta segunda-feira (18/11), em Ramalllah, o cessar total e definitivo da colonização israelense nos territórios palestinos ocupados para que se possa chegar a um acordo de paz entre Israel e palestinos. Hollande fez esta declaração em coletiva conjunta com o presidente presidente palestino Mahmud Abas.



Em relação às conversações entre israelenses e palestinos, Holande disse em Jerusalém que espera "gestos" de Israel relacionados à colonização dos territórios ocupados que contribuam com o processo de paz. "Gestos do lado israelense começaram a acontecer - a libertação de presos (palestinos), mas esperamos outros, principalmente relacionados à colonização", afirmou à imprensa o presidente francês, ao lado de seu colega israelense Shimon Peres.

Hollande falou sobre a decisão anunciada pelo governo israelense, no final de outubro, de libertar 26 presos palestinos, quase todos condenados a penas de prisão perpétua por terem matado israelenses. Mas Israel anunciou logo depois da decisão a construção de 1.500 alojamentos no bairro de colonização de Ramat Shlomo, em Jerusalém Oriental.

François Hollande disse que iria conversar com Abbas sobre os "gestos que espera do lado palestino". "Há urgência", ressaltou, considerando que trata-se de "alcançar um acordo definitivo para uma paz justa e duradoura" com uma solução de "dois Estados", israelense e palestino. "Não podemos, não devemos atrasar a paz. O tempo chegou para que sejam adotadas medidas históricas para chegarmos a uma solução com a qual todos estejamos de acordo - dois Estados para dois povos", declarou Peres.

Pouco antes, François Hollande havia usado um tom mais firme ao se referir ao polêmico programa nuclear iraniano. Ele disse que a França "não vai tolerar a proliferação nuclear". o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, elogiou a "posição firme" de Paris contra "as tentativas, impossíveis de impedir, do Irã de produzir armas nucleares".