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Negociações sobre o clima entram na reta final, em Varsóvia

O objetivo é iniciar o processo que deve prosseguir até a conferência do clima de 2015, data fixada pela comunidade internacional para concluir o grande acordo sobre a redução dos gases que provocam o efeito estufa

Agência France-Presse
postado em 22/11/2013 09:47
Varsóvia - Os representantes de mais de 190 países entraram nesta sexta-feira (22/11) na reta final das negociações de Varsóvia para tentar estabelecer as bases de um acordo sobre o clima previsto para 2015, um dia depois do abandono da reunião por diversas ONGs.

[SAIBAMAIS]As negociações prosseguem nos escritórios e corredores intermináveis do estádio de Varsóvia, transformado desde 11 de novembro no centro nervoso da luta mundial contra as mudanças climáticas. O objetivo é iniciar o processo que deve prosseguir até a conferência do clima de 2015, data fixada pela comunidade internacional para concluir o grande acordo sobre a redução dos gases que provocam o efeito estufa. A França foi confirmada oficialmente nesta sexta-feira como o país sede da conferência, que acontecerá na região de Paris entre 30 de novembro e 11 de dezembro de 2015.



O acordo contra o aquecimento global de 2015 deve ser universal, legalmente vinculante e ambicioso o suficiente para limitar o aumento da temperatura do planeta a 2;C na comparação com a era pré-industrial, ao invés dos quase 4;C registrados atualmente. A União Europeia, que deseja sair de Varsóvia com um calendário para o período até 2015, afirmou na quinta-feira que as negociações estavam paralisadas. Nesta sexta-feira, as delegações dos mais de 190 países presentes receberam a proposta de um novo texto.

Mas existem dois importantes obstáculos nas negociações: a ajuda financeira dos países do Norte às nações do Sul para lutar contra o aquecimento global e a criação de um mecanismo para solucionar "as perdas e danos" destes últimos. As principais ONGs de defesa do meio ambiente abandonaram na quinta-feira a reunião, em um ato sem precedentes, porque consideram que as negociações de Varsóvia "não levam a nada".

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