[SAIBAMAIS]Ele acrescentou que se o Irã não cumprir com os termos acordados, o alívio das sanções, equivalente a 7 bilhões, será descartado, levando à asfixia da economia iraniana. Por sua vez, o guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei e o presidente iraniano, Hassan Rohani, elogiaram este pacto que "abrirá novos horizontes".
"É preciso agradecer a equipe de negociadores nucleares por esta conquista (...) Graças a Deus, as preces e o apoio da população são, sem dúvida, a razão para este sucesso", declarou Rohani.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, que dirigiu as negociações ao lado de Ashton, as discussões "foram concluídas com êxito", reconhecendo que o Irã "tem o direito inalienável" de perseguir com o enriquecimento de urânio.
Mas de acordo com o secretário de Estado americano, John Kerry, o acordo "não diz que o Irã tem o direito de enriquecer (urânio), não importa o que alguns afirmam alguns comentários interpretativos".
Irã enriquece atualmente urânio a 20%, um nível que levanta suspeitas de que seu objetivo é dotar-se de armas nucleares (o que requer um enriquecimento a 90%), pois estaria acima dos limites para fins estritamente civis.
Israel denuncia "erro histórico"
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu chamou neste domingo o acordo sobre o programa nuclear iraniano um "erro histórico", considerando que torna "o mundo mais perigoso".
"O que foi concluído em Genebra não é um acordo histórico, mas um erro histórico", declarou Netanyahu à imprensa na abertura do Conselho de Ministros. "O mundo se tornou mais perigoso, porque o regime mais perigoso do mundo deu um passo significativo para a aquisição da arma mais perigosa do mundo", insistiu.
"Israel não está ligado a este acordo", advertiu o premiê, assegurando que o "regime iraniano está comprometido em destruir Israel".