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ONU anuncia conferência de paz sobre a Síria para 22 de janeiro

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a conferência será "uma missão de esperança"

Nova York - Negociadores do governo e da oposição na Síria se reunirão, pela primeira vez desde o início da guerra civil há 32 meses, no dia 22 de janeiro em Genebra, anunciou a ONU nesta segunda-feira (25/11). O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a conferência será "uma missão de esperança". ressaltando que o objetivo do encontro será impulsionar a declaração adotada pelas principais potências em junho de 2012 exigindo um governo de transição.



[SAIBAMAIS]As divisões entre a oposição síria, as dúvidas sobre o compromisso do governo com a conferência e as discussões acerca de se países como o Irã e a Arábia Saudita devem participar, frustraram os esforços para reunir as partes em conflito. A conferência será o resultado de uma reunião realizada em Genebra em junho de 2012, quando os Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha e França - os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - e outros Estados concordaram em lançar um governo de transição na Síria.

"Iremos a Genebra com uma missão de esperança. A conferência de Genebra é o veículo para uma transição pacífica que satisfaça as legítimas aspirações de todo o povo sírio de liberdade e dignidade, e que garanta a segurança e a proteção de todas as comunidades na Síria", ressaltou Ban. "Seu objetivo é a completa implementação do comunicado de Genebra de 30 de junho de 2012, incluindo o estabelecimento, baseado no consentimento mútuo, de um governo de transição com plenos poderes executivos, incluindo sobre as entidades militares e de segurança", acrescentou.

O Conselho de Segurança votou uma resolução de apoio a esta declaração. Ban indicou ainda que "espera que todos os sócios internacionais e regionais demonstrem significativo apoio a negociações construtivas". "Todos devem mostrar visão e liderança. Todos podem começar a trabalhar para ajudar a conferência de Genebra (...) o fim da violência, o acesso da ajuda humanitária, a libertação dos detidos e o regresso dos refugiados e deslocados", afirmou Ban.