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Ex-primeira-ministra ucraniana, Yulia Timochenko, anuncia greve de fome

A greve é um protestar contra a recusa de Kiev a um acordo de associação com a União Europeia, anunciou seu advogado nesta segunda-feira

Agência France-Presse
postado em 25/11/2013 16:29
A ex-primeira-ministra ucraniana, Yulia Timochenko, iniciou uma greve de fome para protestar contra a recusa de Kiev a um acordo de associação com a União Europeia, anunciou seu advogado nesta segunda-feira (25/11).

"Começo uma greve de fome por tempo ilimitado para exigir de (presidente Viktor) Ianukovitch que assine o acordo de associação com a UE", declarou Timochenko em uma carta lida por seu advogado, Serguei Vlassenko, diante de cerca de mil manifestantes pró-europeus reunidos no centro de Kiev.



Violentos confrontos foram registrados no domingo à margem de uma manifestação pró-europeia em Kiev, onde os participantes tentaram entrar na sede do governo ucraniano, antes de serem dispersados pela polícia.

Os confrontos começaram depois do protesto que reuniu dezenas de milhares de pessoas na Praça da Independência, centro da Revolução Laranja pró-ocidental em 2004, convocado pela oposição para denunciar a decisão do governo de abandonar o acordo de associação com a União Europeia sob pressão de Moscou.

A oposição acusa o regime do presidente Viktor Yanukovych de ceder à pressão da Rússia, empurrando Kiev a se juntar a sua união alfandegária com outros países da ex-URSS.

O governo ucraniano abandonou na quinta-feira as negociações de um acordo de associação com a UE e decidiu voltar-se para seu grande vizinho russo, uma decisão imediatamente denunciada pela oposição e vista como um erro estratégico na Europa.

Timoshenko, que está cumprindo uma pena de sete anos de prisão por abuso de poder, pediu aos manifestantes para que continuem com os protestos.

Manifestações pró-europeias foram organizadas no domingo em outras cidades da Ucrânia e com a presença de várias centenas de participante.

A Rússia, destino de um quarto das exportações ucranianas, advertiu Kiev das consequências comerciais de um acordo com a UE.

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