Agência France-Presse
postado em 25/11/2013 20:59
São Francisco - O presidente americano, Barack Obama, defendeu nesta segunda-feira (25/11) o desempenho de seu governo nas negociações com o Irã sobre o tema nuclear, afirmando que dar um soco na mesa seria "fácil", mas não garantiria a segurança do país."Não podemos fechar a porta para a diplomacia, e não podemos descartar de antemão soluções pacíficas para os problemas do mundo", defendeu o presidente americano, em discurso proferido em São Francisco (oeste do país), ao se referir ao acordo alcançado com a República Islâmica sábado em Genebra.
O acordo foi criticado por muitos adversários republicanos.Junto com as grandes potências do 5%2b1 (grupo formado por Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha), o Irã concordou em limitar suas ambições nucleares, em troca do alívio nas sanções econômicas.
"Quando fui candidato à presidência pela primeira vez, eu disse que haviam chegado os tempos de uma nova liderança e de se deixar para trás uma década de guerras", lembrou Obama, no início de um discurso sobre a reforma migratória, uma de suas principais bandeiras.
"Acredito no que um dia disse o presidente (John F.) Kennedy: ;não negociemos porque temos medo, mas nunca tenhamos medo de negociar;", afirmou."Essa diplomacia, apoiada por sanções sem precedentes impostas ao Irã, desembocaram nos avanços que pudemos observar neste fim de semana", completou Obama.
"Nos próximos meses, continuaremos nossos esforços diplomáticos para chegar a uma solução que trate da ameaça do programa nuclear iraniano de forma definitiva", prometeu."Se o Irã aproveitar essa oportunidade e decidir se unir à comunidade internacional, então poderá reduzir a desconfiança que existe há tantos anos entre nossos dois países", manifestou o presidente.
"Falar com dureza e alardear talvez seja fácil do ponto de vista político, mas não é o que temos de fazer para nossa segurança", esclareceu Obama, rebatendo as críticas de congressistas americanos conservadores, que consideram o acordo muito condescendente com o Irã. "Esses avanços e as possibilidades que se abrem nos lembram o que é possível quando os Estados Unidos têm a coragem de estar na ponta, não apenas recorrendo à força, mas graças à nossa diplomacia e ao nosso compromisso com a paz", disse.