"A realidade é que nos mostramos incapazes de cruzar a reta final aqui em Genebra. O processo aqui terminou", disse Azevêdo em uma entrevista coletiva. Ele afirmou que a reunião na ilha indonésia de Bali acontecerá sem pontos de convergência previamente definidos.
O brasileiro, que assumiu o posto de diretor geral da OMC em setembro, negociava intensamente desde o início de outubro com os embaixadores em Genebra, sede do organismo, para obter um pré-acordo que seria adotado em Bali, no início de dezembro, pelos ministros do Comércio dos 159 países membros.
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[SAIBAMAIS]A conferência ministerial de Bali, de 3 a 6 de dezembro, é considerada por muitos analistas como a última oportunidade para reativar as negociações sobre o comércio mundial, a chamada Rodada de Doha, iniciada em 2001 e que está em ponto morto.
"Temos 10 textos na mesa relativos aos três setores negociados, ou seja, a facilitação do comércio, o comércio e a agricultura", disse Azevêdo. As negociações haviam avançado, mas nos últimos dias "a flexibilidade evaporou", lamentou o diretor geral da OMC.
"A imensa maioria dos Estados membros afirmaram que estávamos muito perto (do objetivo) para renunciar", explicou o brasileiro, que destacou em particular os países ACP (África, Caribe, Pacífico) e os países menos desenvolvidos. Agora, a OMC transmitirá os textos que não resultaram em consenso aos ministros reunidos em Bali, que deverão encontrar uma solução.