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Coalizão Nacional de oposição síria terá assento pleno na Liga Árabe

A Liga Árabe havia suspendido em 2011 o governo do presidente sírio Bashar Al-Assad, em resposta à sangrenta repressão contra a revolta popular que degenerou em uma guerra civil

Agência France-Presse
postado em 26/11/2013 15:32
Cairo - A Coalizão Nacional de oposição síria tomará posse plena do assento do país na Liga Árabe, anunciou nesta terça-feira (26/11) no Cairo o seu líder Ahmed Jarba. Em coletiva de imprensa conjunta com Nabil Al-Arabi, secretário-geral da Liga, Jarba também anunciou a realização dentro de um mês de uma reunião da oposição, para tratar da estratégia antes da conferência internacional de paz Genebra-2 , marcada para 22 de janeiro.

[SAIBAMAIS]A Liga Árabe havia suspendido em 2011 o governo do presidente sírio Bashar Al-Assad, em resposta à sangrenta repressão contra a revolta popular que degenerou em uma guerra civil. Pouco tempo depois, a Liga concedeu o assento da Síria à coalizão de oposição, que tomou posse em março. No entanto, adiou a plena participação da oposição no organismo até a formação de um governo provisório.



Jarba afirmou que este governo já existe, e vai discursar oficialmente nos próximos dias, quando a coalizão de oposição se tornar membro pleno da organização pan-árabe de 22 membros. Em relação à conferência de paz, o líder declarou que a oposição concordou em participar com a condição de que "Assad não desempenhe nenhum papel no processo de transição", que os opositores presos por participarem da revolta sejam libertados e que corredores humanitários permanentes e áreas seguras sejam criados.

Questionado sobre a participação do Irã, aliado do regime de Damasco, Jarba acusou a República Islâmica de "ocupar a Síria" com "os seus guardiões da revolução". Ele também pediu ao movimento xiita libanês Hezbollah, aliado de Assad, que retire seus combatentes da Síria. A conferência de Genebra-2 tem sido promovida pela Rússia e os Estados Unidos, e pretende reunir os rebeldes e o governo para negociar uma solução ao conflito, que causou mais de 120.000 mortes de acordo com uma ONG síria.

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