Mundo

Advogados descartam prisão de Berlusconi após perder imunidade parlamentar

O plenário da Câmara alta deverá voltar nesta quarta a retirada da cadeira de Berlusconi após a condenação definitiva a quatro anos de prisão por fraude fiscal

Agência France-Presse
postado em 26/11/2013 18:03
Roma - O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que corre o risco de ser expulso do Senado nesta quarta-feira (26/11), após sua condenação definitiva por fraude fiscal e perder a imunidade parlamentar, evitará ir para a prisão, segundo seus advogados. "Para nós, esta hipótese é absurda, uma provocação", afirmou o advogado do magnata Franco Coppi, durante uma coletiva de imprensa na sede romana da associação de correspondentes estrangeiros.

Silvio Berlusconi lançou uma ofensiva esta semana contra sua expulsão
"Em princípio, a promotoria pode solicitar esta medida, mas para nós seria algo irreal", acrescentou o advogado, destacando que o magnata das comunicações, de 77 anos, naturalmente não vai fugir. Berlusconi tentou nesta segunda-feira (25/11) evitar ser expulso definitivamente do Parlamento, um final humilhante para o líder indiscutível por 20 anos da direita italiana e pediu a revisão judicial do seu caso.



[SAIBAMAIS]O plenário da Câmara alta deverá voltar nesta quarta a retirada da cadeira de Berlusconi após a condenação definitiva a quatro anos de prisão por fraude fiscal no caso Mediaset, uma sanção prevista por uma lei de 2012. "Não acho que um promotor se atreva a pedir a prisão para ele, uma medita tão injustificada", reiterou Niccolo Ghedini, outro advogado do político e empresário.

Ghedini, que é senador do partido do magnata, considera um "erro grave" expulsar Berlusconi do Parlamento quando a Corte Europeia para os Direitos do Homem examina um recurso contra esta medida. O ex-premier lançou uma ofensiva esta semana contra sua expulsão, em coletivas, entrevistas e declarações a jornais e emissoras de rádio e televisão, ao mesmo tempo em que mobilizou seus simpatizantes para protestar em Roma.

"A manifestação será só o início. A Itália é uma democracia recortada", disse o magnata, que advertiu que não renunciará por razão alguma à sua cadeira porque se sente o "legítimo líder dos eleitores de direita italianos".

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação