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Egito condena 14 mulheres da Irmandade Muçulmana a 11 anos de prisão

Seis homens, apresentados como líderes da Irmandade, foram condenados a 15 anos de prisão

Agência France-Presse
postado em 27/11/2013 13:35

Cairo - Quatorze mulheres membros da Irmandade Muçulmana, a confraria à qual pertence o presidente deposto pelo Exército Mohamed Morsy, foram condenadas nesta quarta-feira (27/11) a 11 anos de prisão por pertenceram a uma "organização terrorista", afirmaram fontes judiciais.


Junto a elas, seis homens, apresentados como líderes da Irmandade, foram condenados a 15 anos de prisão, acrescentaram as fontes. Eles foram acusados de incitarem as mulheres a "bloquear" importantes avenidas de Alexandria, a segunda maior cidade do país na costa mediterrânea, durante os eventos de 31 de outubro à margem de manifestações exigindo o retorno de Morsy ao poder.


Morsy, único chefe de Estado democraticamente eleito no país, e todos os líderes da Irmandade Muçulmana foram detidos e indiciados pela Justiça. Mais de 2 mil de seus partidários estão atrás das grades e dezenas já foram condenados, incluindo um à prisão perpétua.


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Morsy foi destituído em 3 de julho pelos militares, que evocaram os milhões de manifestantes que saíram às ruas para denunciar a tentativa de Morsy de concentrar o poder em favor de sua confraria e de querer islamizar o Egito.Desde então, as novas autoridades afirmam lutar "contra o terrorismo" e reprime violentamente os manifestantes pró-Morsy.


Em 14 de outubro, soldados e policiais dispersaram milhares de manifestantes deixando mais de 600 mortos, segundo um balanço oficial, no Cairo. Logo após o julgamento, os condenados desta quarta-feira foram transferidos para uma prisão em Alexandria.

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