Agência France-Presse
postado em 28/11/2013 09:50
Kiev - A opositora detida Yulia Timoshenko pediu aos líderes europeus que "libertem a Ucrânia" assinando, sem condições, o acordo de associação com Kiev se possível na reunião de cúpula que começa nesta quinta-feira (28/11) na Lituânia. "Se pressionado pelas manifestações na Ucrânia (o presidente Viktor) Yanukovich decidir no último momento assinar o acordo, peço que assinem na sexta-feira (29/11)sem hesitar e sem condições, incluindo o que diz respeito a minha própria libertação", escreveu Timoshenko em uma mensagem divulgada por sua família.[SAIBAMAIS]A libertação de Timoshenko é uma condição imposta pela União Europeia (UE) ao governo ucraniano. "Hoje não é necessário libertar apenas os prisioneiros políticos. É necessário libertar a Ucrânia", completou a opositora. "Ao assinar o acordo, vocês ajudariam toda uma nação a superar um abismo civilizacional criado por ideologias equivocadas e impérios agressivos", completou a ex-primeira-ministra. "Dariam outro passo importante para reunir toda a Europa", escreve.
Timoshenko, condenada a sete anos de prisão por abuso de poder após a eleição em 2010 de Victor Yanukovich, do qual foi a principal adversária, anunciou na segunda-feira o início de uma greve de fome para protestar contra a decisão da semana passada do governo ucraniano de suspender os preparativos de um acuerdo com a UE. A Ucrânia admitiu na quarta-feira ter adotado a decisão sob a influência da Rússia, contrária a uma aproximação entre a UE e a ex-república soviética. Yanukovich anunciou que viajaria para a reunião de cúpula de Vilnius da Associação Oriental da UE na quinta-feira e sexta-feira onde inicialmente estava prevista a assinatura do acordo de associação.