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Manifestantes invadem sede do Exército na Tailândia contra chefe de governo

Há um mês, manifestantes organizam protestos regulares contra a chefe de governo e de seu irmão. Mas esta semana a mobilização ganhou força com a ocupação de vários prédios oficiais, incluindo o Ministério das Finanças

Agência France-Presse
postado em 29/11/2013 08:13
Manifestante seguram bandeira nacional depois de invadir o composto da  do exército da Tailândia

Bangcoc -
Os manifestantes que exigem há semanas a saída do governo tailandês entraram à força nesta sexta-feira (29/11) na sede do Comando das Forças Terrestres, indicou um porta-voz militar. Há um mês, manifestantes organizam protestos regulares contra a chefe de governo, Yingluck Shinawatra, e seu irmão Thaksin, ex-primeiro-ministro deposto em 2006 por um golpe de Estado, mas que continua no centro da política, apesar do exílio. Mas esta semana a mobilização ganhou força com a ocupação de vários prédios oficiais, incluindo o Ministério das Finanças.

[SAIBAMAIS]Nesta sexta, os manifestantes forçaram o portão às 12h10 (3h10 no horário de Brasília) e entraram no complexo", mas não nos edifícios. Um jornalista da AFP no local contabilizou milhares de pessoas presentes no local. Segundo os manifestantes, a intenção é pedir aos militares para que se juntem a eles. "Queremos mostrar ao Exército que o povo é forte e corajoso (...) Nós queremos saber se o Exército ficará ao lado das pessoas", disse um dos líderes do protesto, Amorn Amornrattananont. "Não queremos um golpe de Estado militar", acrescentou.



Uma possibilidade que não é absurda em um país que viveu 18 golpes de Estados ou tentativas desde o estabelecimento da monarquia constitucional, em 1932. Milhares de outros manifestantes fizeram uma passeata em direção à sede do partido Puea Thai no poder. A situação no início desta tarde era tensa em frente ao prédio protegido por dezenas de policiais, segundo jornalistas da AFP. A revolta da oposição foi provocada por uma lei de anistia, especialmente redigida segundo os manifestantes para permitir a volta do irmão de Yingluck e evitar uma condenação a dois anos de prisão por fraude financeira.

Após semanas de mobilização, os manifestantes não dão mostras de desistência, e para esta sexta-feira novas manifestações estão previstas. As manifestações são as mais importantes desde 2010, quando 100.000 partidários de Thaksin, os "camisas vermelhas", ocuparam o centro de Bangcoc durante dois meses para reclamar a saída do governo da época, dirigida pelo democrata Abhisit Vejajiva.

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