Perguntado se o desmantelamento das instalações nucleares de seu país é uma linha vermelha intransponível para governo, Rohani respondeu: "100% sim".
Na mesma entrevista, Rohani estimou que as relações entre Teerã e Washington ainda podem melhorar.
"Os problemas entre Irã e Estados Unidos são muito complicados e não podem ser resolvidos em um curto espaço de tempo, mas apesar destas dificuldades, está surgindo uma abertura nos últimos dias que pode se ampliar".
O Irã e o Grupo 5%2b1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha) concluíram no domingo passado um acordo provisório sobre o polêmico programa nuclear de Teerã, que deve se tornar definitivo dentro de um ano.
Em virtude do acordo, o Irã deixará de enriquecer urânio a mais de 5% durante seis meses, suspenderá a construção do reator de água pesada de Arak, destinado inicialmente a fabricar plutônio, um material útil para fabricar bombas atômicas, e permitirá um acesso maior dos inspetores internacionais às instalações nucleares.
Em compensação, serão aliviadas em parte as sanções internacionais impostas há anos ao Irã por enriquecer urânio.
As potências ocidentais e Israel suspeitam que o Irã quer dotar-se de armas atômicas sob pretexto de conduzir um programa nuclear civil. Teerã sempre negou que esse seja seu objetivo.