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Primeira-ministra tailandesa rejeita exigências de manifestantes

Novos conflitos foram registrados na manhã desta segunda-feira na Tailândia entre as forças de segurança e milhares de manifestantes opositores que desejam a queda do governo

Agência France-Presse
postado em 02/12/2013 08:45
Novos conflitos foram registrados na manhã desta segunda-feira na Tailândia entre as forças de segurança e milhares de manifestantes opositores que desejam a queda do governo
Bangcoc
- A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, rejeitou nesta segunda-feira (2/12) as exigências dos manifestantes, que desejam substituir seu governo por um "conselho popular", em seu primeiro discurso exibido na televisão desde as violentas manifestações de sábado. "Estou disposta a fazer todo o possível para que o povo seja feliz. Mas como primeira-ministra, o que faço deve estar de acordo à Constituição", declarou.

Ela rejeitou a ideia de um "conselho do povo" que não tenha surgido das eleições. "É possível citar a possibilidade de renunciar ou de dissolver o Parlamento, se isto tranquilizar os manifestantes e a calma for restaurada", completou, antes de convocar a oposição, mais uma vez, a negociar.



Novos conflitos foram registrados na manhã desta segunda-feira na Tailândia entre as forças de segurança e milhares de manifestantes opositores que desejam a queda do governo. A polícia usou gás lacrimogêneo, como no domingo, para defender a Casa de Governo, que conta com um rígido esquema de proteção, cercada por blocos de cimento e alambrados.

Os manifestantes - uma aliança excêntrica da burguesia conservadora ligada ao opositor Partido Democrático e de pequenos grupos ultramonárquicos - são muito hostis ao irmão de Yingluck, o bilionário Thaksin Shinawatra. Os manifestantes - que no domingo eram 70.000 na capital, segundo a polícia, contra quase 180.000 há uma semana - acusam Thaksin, ex-primeiro-ministro derrubado por um golpe de Estado em 2006, de ser quem decide realmente na política do país, apesar de seu exílio em Dubai.

A violência explodiu no sábado à noite quando "camisas vermelhas" pró-governo, a bordo de um ônibus, começaram a atirar pedras contra os opositores. Um homem de 21 anos, primeira vítima da revolta, foi morto a tiros em circunstâncias confusas. Mais três pessoas morreram e 57 ficaram feridas, segundo as equipes de emergência. Pelo menos dois "camisas vermelhas" estão entre as vítimas, segundo a polícia.

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