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Estados Unidos preparam navio para destruir armas químicas sírias

As armas sírias mais perigosas devem ser transportadas para fora da Síria até 31 de dezembro, depois de um acordo da Opaq firmado em novembro

Agência France-Presse
postado em 02/12/2013 20:07
Washington - O Pentágono começou a equipar o navio "MV Cape Ray" com o material necessário para destruir a bordo uma parte do arsenal químico sírio, afirmou um porta-voz do Pentágono nesta segunda-feira (2/12). "Estamos preparando o ;Cape Ray;", confirmou o coronel Steven Warren, dois dias depois de a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) ter anunciado operações de neutralização de armas químicas sírias em alto-mar por parte de um navio americano.

"O Departamento da Defesa não ficou encarregado de qualquer missão até o momento", desconversou o coronel Warren. "Mas nos preparamos para o caso, se nos pedirem para destruir armas químicas sírias", acrescentou. O "MV Cape Ray", um navio de 200 metros de comprimento, está na base naval de Norfolk, Virgínia (leste dos Estados Unidos), e é parte dos 46 navios da frota de reserva, preparada para ficar operacional em poucos dias.

[SAIBAMAIS]Estão equipando o navio com um Sistema Desdobrável de Campo de Hidrólise (FDHS, na sigla em inglês), uma espécie de laboratório portátil que permite a decomposição química de uma substância mediante água, para que se formem novas moléculas. As armas sírias mais perigosas devem ser transportadas para fora desse país até 31 de dezembro, depois de um acordo do Conselho Executivo da Opaq firmado em meados de novembro.



Segundo a chefe da missão conjunta ONU-Opaq na Síria, Sigrid Kaag, "os agentes químicos isolados chegarão de várias partes até Lattakia (no litoral sírio) e, depois, serão transportados em embarcações pertencentes a outros países membros, que os levarão a bordo do navio americano". O navio "não vai atracar em águas sírias", esclareceu.

Depois desse procedimento de hidrólise, "o que sobrar será destruído em vários países por empresas que puderem tratar comercialmente dos dejetos residuais", completou Kaag. Apesar do consenso sobre a destruição do arsenal químico sírio fora do país em guerra, nenhuma nação havia aceitado que fosse realizada em seu próprio solo nacional.

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