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Manifestantes tentam bloquear a sede do governo ucraniano de novo

A polícia bloqueou todos os acessos, mas os manifestantes, que exigem a saída do primeiro-ministro e do presidente ucraniano, permaneceram atrás do cordão policial

Agência France-Presse
postado em 04/12/2013 10:19
Manifestantes se reúnem em frente ao gabinete de ministros da Ucrânia, durante um comício de apoio à integração da UE em Kiev

Kiev -
Manifestantes pró-europeus tentaram bloquear novamente nesta quarta-feira (4/12) a sede do governo na Ucrânia, onde acontece o conselho de ministros, enquanto milhares de manifestantes permanecem na Praça da Independência em pleno centro de Kiev. Uma centena de manifestantes, que protestavam contra a suspensão do processo de integração europeia da Ucrânia, tentaram aproximar-se do edifício do governo, mas a polícia bloqueou todos os acessos.

[SAIBAMAIS]Os manifestantes, que exigem a saída do primeiro-ministro Mykola Azarov e do presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, permaneceram atrás do cordão policial. Eles gritavam "Vergonha" e "Renúncia". Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro ucraniano pediu à oposição o fim da "escalada" de tensão política, provocada pela rejeição do governo a assinar um acordo de associação com a União Europeia (UE). "O Parlamento expressou ontem (terça-feira) sua confiança no governo. É um fato que a oposição e nossos sócios estrangeiros devem aceitar. Peço o fim da escalada da tensão política", declarou Azarov no início de um conselho de ministros.



Quase três mil manifestantes permanecem na Praça da Independência, símbolo da Revolução Laranja pró-ocidente de 2004, onde foram instaladas barracas de campanha e fogareiros para combater o frio.
Centenas de pessoas também bloqueavam o prédio da prefeitura de Kiev, ocupado desde domingo por militantes pró-europeus. O governo ucraniano se reúne nesta quarta-feira pela primeira vez desde a demonstração de força da oposição, que no fim de semana mobilizou mais de 100 mil manifestantes na Praça da Independência, onde confrontos entre as forças de segurança e opositores provocaram centenas

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