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Polícia egípcia dispersa manifestantes islâmicos em protesto no Cairo

Os confrontos entre manifestantes pró-Mursi e a polícia de choque ocorreram na província de Fayum, ao sudoeste da capital, enquanto várias passeatas foram rapidamente dispersas no Cairo

Agência France-Presse
postado em 06/12/2013 14:26
Manifestantes exigem o retorno ao poder de Mohamed Mursi
A polícia egípcia dispersou nesta sexta-feira (6/12) várias manifestações islâmicas, disparando no Cairo bombas de gás lacrimogênio contra os manifestantes que exigem o retorno ao poder de Mohamed Mursi, presidente destituído em 3 de julho pelo Exército, anunciaram fontes da segurança.

Os confrontos entre manifestantes pró-Mursi e a polícia de choque ocorreram na província de Fayum, ao sudoeste da capital, enquanto várias passeatas foram rapidamente dispersas no Cairo.

A polícia egípcia tem reprimido com violência os manifestantes islâmicos desde a destituição de Mursi, e uma lei recentemente aprovada autoriza as forças de segurança a tomar medidas drásticas contra mobilizações que não forem previamente aprovadas pelo Ministério do Interior.

No Cairo, partidários do presidente deposto se reuniram em frente a uma mesquita no bairro de Mohandessine depois da oração do meio-dia, antes de serem dispersos por bombas de gás lacrimogênio.

Desafiando a repressão das novas autoridades, que mataram mais de mil pessoas e realizaram milhares de prisões, os partidários de Mursi continuam a organizar protestos quase diários exigindo o retorno ao poder do primeiro presidente democraticamente eleito no Egito.



A lei que rege o direito de manifestar, que entrou em vigor no final de novembro, obriga os organizadores a informar as autoridades, pelo menos três dias úteis antes, da organização de qualquer mobilização.

O Ministério do Interior pode, então, decidir proibir qualquer evento que considere uma "ameaça à segurança".

A lei também proíbe reuniões em locais de culto e passeatas partindo de tais lugares.

Dois ativistas laicos, Ahmed Maher e Ahmed Douma, acusados de estarem envolvidos em uma manifestação violenta, também devem ser julgados domingo, no primeiro julgamento sob a nova lei, considerada draconiana pelos defensores dos direitos humanos.

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