Agência France-Presse
postado em 07/12/2013 11:35
Nairóbi - Dezenas de pessoas morreram em uma onda de violência interétnica no norte do Quênia, anunciaram neste sábado ONGs e meios de comunicação locais. [SAIBAMAIS]O jornal Standard fornece um balanço de 27 mortos em atos violentos que duraram uma semana perto da cidade de Moyale. Jafer Isaak, que defende o fim do tribalismo, estimou entre 70 e 120 o número de vítimas fatais.
Uma organização independente, que pediu o anonimato, afirma que há dezenas de mortos.
Na onda de violência, registrada sobretudo nos arredores de Moyale, várias aldeias foram incendiadas e muitas famílias precisaram fugir para o outro lado da fronteira.
O jornal afirma que neste sábado ainda eram travados violentos combates. Em Moyale eram vistas grandes colunas de fumaça e ouvidos disparos de armas pesadas. Além disso, helicópteros sobrevoavam a cidade.
O embaixador da Suíça no Quênia, Jacques Pitteloud, declarou ter contactado outros representantes de países europeus para organizar negociações de paz entre as comunidades rivais.
"O povo morre, as pessoas se veem obrigadas a cruzar a fronteira, há aldeias incendiadas, casas saqueadas. É preciso parar isso antes que a situação piore, é importante que sejam feitos esforços pela paz", declarou Pitteloud à AFP.
O conflito opõe a comunidade Borana, tradicionalmente majoritária na região desde a independência do Quênia, há 50 anos, e as comunidades Rendille, Gabra e Burji, que formaram um grupo chamado ReGaBu e emergem como uma força política dominante.