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Mais de 150 egípcios pró-Morsy são absolvidos após serem detidos em outubro

Morsy ficou apenas um ano no poder. Nos dias anteriores à sua queda, milhões de egípcios foram às ruas exigindo a sua renúncia

Agência France-Presse
postado em 08/12/2013 13:41
Cairo - A justiça egípcia absolveu 155 pessoas detidas durante uma manifestação de partidários do presidente islamita deposto Mohamed Morsy em outubro, anunciaram neste domingo meios de comunicação oficiais.

Os réus haviam sido presos em 6 de outubro, durante um protesto em que foram registrados confrontos entre os egípcios favoráveis a Morsy e as forças de segurança, nos quais pelo menos 50 pessoas morreram. A acusação era de que os manifestantes foram responsáveis por atos de "violência contra a polícia" e "vandalismo". O jornal do governo Al Ahram informou que os réus foram absolvidos no sábado.

A Aliança para a Democracia e Contra o Golpe de Estado, uma coalizão liderada principalmente pela Irmandade Muçulmana, à qual Morsy pertence, havia afirmado que no dia 6 de outubro - aniversário da guerra contra o Estado de Israel em 1973 - "manifestantes pró-Morsy foram atacados a sangue frio pela polícia no Cairo, que atirava para matar".

[SAIBAMAIS]

Já o Ministério do Interior declarou que na ocasião "ocorreram confrontos entre moradores e integrantes da Irmandade Muçulmana, que queriam manchar as celebrações da vitória do dia 6 de outubro com armas e disparos, provocando a morte de 47 pessoas".

Após o golpe de Estado de julho, no qual o presidente islamita foi derrubado, o novo governo nomeado pelos militares reprimiu os manifestantes pró-Morsy de forma sangrenta, particularmente a partir de 14 de agosto, quando policiais e soldados mataram centenas de partidários do líder deposto ao dispersar um protesto no Cairo. Desde então, mais de mil manifestantes morreram.

Morsy ficou apenas um ano no poder. Nos dias anteriores à sua queda, milhões de egípcios foram às ruas exigindo a sua renúncia, acusando-o de usar o poder em benefício do movimento ao qual é filiado, a Irmandade Muçulmana.

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Os manifestantes que expressaram sua oposição a Morsy o acusavam de querer instaurar um regime islâmico autoritário e de ter traído a "revolução" de 2011, que obrigou Hosni Mubarak a renunciar após três décadas no poder.

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