Agência France-Presse
postado em 10/12/2013 19:03
A General Motors (GM) anunciou nesta terça-feira (10/12)a nomeação de Mary Barra para suceder Dan Akerson na presidência executiva da empresa a partir de 15 de janeiro, o que fará dela a primeira mulher a ocupar o cargo de CEO da principal montadora americana."Foi escolhida pelo conselho de administração para tornar-se a próxima presidente executiva da empresa e integrará o CA (conselho administrativo)", afirma um comunicado da GM.
Mary Barra, de 51 anos, é atualmente vice-presidente de desenvolvimento mundial de produtos, compras e da rede de abastecimento do grupo. Barra trabalha na GM há 33 anos, tendo ocupado posições de produção, engenharia e postos seniores.
Em uma mensagem aos funcionários, Dan Akerson diz que "sairá com grande satisfação pelo que realizamos, grande otimismo pelo que vem pela frente e muito orgulho por estarmos restaurando a General Motors como porta-estandarte da América no setor automobilístico global".
Akerson afirmou que o que se fala sobre a GM ser um "clube do bolinha" é muito antigo e observou que várias das principais divisões da GM são lideradas por mulheres, que correspondem a 25% dos funcionários das fábricas da empresa. Barra "foi escolhida por seu talento, não pelo gênero", disse Akerson a repórteres em uma conferência telefônica.
"Ela cresceu na companhia, trabalhou no chão de fábrica, administrou fábricas e depois, a maior e mais complexa parte de nossos negócios que é o desenvolvimento global dos produtos e a administração da cadeia global de fornecimento".
Akerson planejava se aposentar em meados de 2014, mas antecipou sua saída porque sua esposa sofre de câncer em estágio avançado.
Mary Barra se une a uma lista crescente de mulheres CEOs em uma ampla faixa de setores dos EUA. Entre elas estão Virginia Rometty, da IBM; Meg Whitman, da Hewlett-Packard; Patricia Woertz da Archer Daniels Midland; Ellen Kullman da DuPont e Marissa Mayer, da Yahoo.
A nomeação de Barra também se destacou da de outros líderes recentes da GM por outro motivo, segundo a Barclays: sua experiência como engenheira.
"Vemos esse anúncio de forma positiva, já que marca a primeira vez em muito tempo que a GM está sendo controlada por uma engenheira", disse a Barclays.
Segundo analistas, os maiores desafios que Barra enfrentará incluem melhorar o desempenho da GM na Europa, devido à fragilidade econômica da região e manter sua posição na China, um importante mercado, em crescimento. Eles também desejam ver maiores retornos para os acionistas por meio dos dividendos e um programa de recompra de ações.