Agência France-Presse
postado em 10/12/2013 19:58
A opositora Coalizão Nacional acusou o presidente sírio, Bashar al-Assad, de matar quase 3 mil pessoas "com facas", em um relatório divulgado nesta terça-feira (10/12). Publicado no Dia Internacional dos Direitos Humanos, o documento acusa as forças do governo sírio de "pelo menos 20 massacres", que "dizem respeito ao assassinato de 2.885 pessoas" com armas brancas.Entre as vítimas, há "mais de 200 crianças e 120 mulheres", acrescenta o texto. A Coalizão disse ainda que os assassinatos podem ser considerados parte de "uma série de crimes genocidas".
Segundo a oposição, o informe de 81 páginas se baseia em fontes independentes, investigações de organizações internacionais e depoimentos de sobreviventes e ativistas opositores.
Entre os casos documentados no relatório, está a morte de pelo menos 110 pessoas na cidade de Hula, na província de Homs (centro), em 25 de maio de 2012.
[SAIBAMAIS]A Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que a maioria dos assassinatos aconteceu na forma de execução sumária. Os moradores locais relataram que o ataque foi cometido por milícias pró-regime.
Mais de 125 mil pessoas morreram em 33 meses de luta na Síria entre forças anti-governo e do regime, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha. A ONG trabalha com uma rede de ativistas e de testemunhas no terreno.