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Hollande: "Chegou o momento de agir" na República Centro-Africana

Depois de desembarcar no aeroporto de Bangui, Hollande passou algum tempo diante dos caixões dos dois paraquedistas mortos

postado em 10/12/2013 19:58
O presidente francês, François Hollande, declarou na noite desta terça-feira(10/12) em Bangui que "chegou o momento de agir" na República Centro-Africana contra os massacres, depois de ter prestado homenagem a dois soldados franceses mortos algumas horas antes. Depois de desembarcar no aeroporto de Bangui, onde fica a base das forças francesas, Hollande passou algum tempo diante dos caixões dos dois paraquedistas mortos. Os dois tinham sido mortos durante a noite durante um confronto com homens armados perto do aeroporto. Foram as primeiras perdas francesas desde o início da operação francesa Sangaris, na noite de quinta-feira (5/12). "A emoção é evidente depois do que aconteceu: dois soldados foram mortos pela missão que foi confiada a eles, e continua, e a outros soldados que estão aqui neste momento (...) para pacificar esta cidade e este país", declarou Hollande. [SAIBAMAIS]"Chegou o momento de agir (...) Aqui mesmo em Bangui cerca de 400 pessoas foram mortas. Não é mais tempo de hesitar", declarou Hollande diante das tropas francesas, enquanto a cidade era sobrevoada intensamente por aviões e helicópteros de combate. "A França, aqui na República Centro-Africana, não busca nenhum interesse para ela mesma (...) A França veio defender a dignidade humana", acrescentou o presidente francês. Hollande deve se reunir com o presidente Michel Djotodia, fortemente criticado nesse final de semana pelo chefe de Estado francês e que apresentou na noite da noite desta terça suas condolências à França. O presidente francês acusou o ex-chefe rebelde, que chegou ao poder em março à frente da coalizão rebelde Seleka, de ter ignorado os recentes massacres de um conflito entre a maioria católica e muçulmanos. Os últimos episódios de violência deixaram cerca de 400 mortos. Segundo o Estado-Maior francês, quase todos os grupos envolvidos nos conflitos foram desarmados sem incidentes maiores, em menos de 24 horas, com o apoio da força africana (Bisca).

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