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Suprema Corte russa ordena nova análise da condenação das Pussy Riot

Integrantes do grupo devem sair da prisão em março de 2014

Agência France-Presse
postado em 12/12/2013 08:13
Moscou - A Suprema Corte da Rússia ordenou uma nova análise da condenação de duas integrantes do grupo Pussy Riot, ao considerar que os motivos do crime não foram provados. A corte enviou o caso ao tribunal municipal de Moscou.

Segundo a Suprema Corte, o tribunal de primeira instância não apresentou provas de que as duas jovens atuaram por "ódio contra um grupo social". Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova, cada uma com um filho pequeno, cumprem pena de dois anos de prisão em um campo de trabalho por terem cantado em fevereiro de 2012 uma "oração punk" contra o presidente russo, Vladimir Putin, na catedral de Moscou.

Maria Alyokhina (foto) e Nadezhda Tolokonnikova cumprem pena de dois anos de prisão

[SAIBAMAIS]"O tribunal não examinou a existência ou não de motivos para estabelecer uma condenação condicional até que seus filhos tenham 14 anos, como prevê o Código Penal", destacou a Suprema Corte.



O principal tribunal do país também apontou outras circunstâncias não consideradas na condenação, como a idade das jovens acusadas, a situação familiar e o caráter não violento de seus atos.

As Pussy Riot, que foram condenadas em 2012 por "vandalismo" e "incitação ao ódio religioso", devem sair da prisão em março de 2014, depois que vários pedidos de libertação antecipada foram rejeitados. A condenação do grupo recebeu muitas críticas no Ocidente.

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