postado em 13/12/2013 09:39
Nova Iorque ; As armas químicas foram usadas no conflito sírio pelo menos cinco vezes, segundo relatório dos inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) entregue ao secretário-geral, Ban Ki-moon.Apresentado quinta-feira (12/10) pelo integrante do grupo, o sueco Ake Sellstrom, o relatório menciona provas críveis e consistentes do uso de armas químicas em cinco dos sete locais inspecionados: Ghouta, Khan Al Asal, Jobar, Saraqueb e Ashrafieh Sahnaya. Os inspetores da ONU adiantaram que não conseguiram provar o uso do armamento em Bahhariyeh e Sheik Maqsood.
[SAIBAMAIS]A equipe analisou sete de 16 acusações, por não ter recebido ;informação suficientemente crível;, justifica no documento. Ao receber o relatório, Ban Ki-moon comentou o seu conteúdo, mas disse que o uso de armas químicas ;é grave violação do direito internacional; e reafirmou o compromisso de eliminar o arsenal do governo sírio. O relatório ;conclui que foram usadas armas químicas no conflito em curso na Síria;, mas não aponta responsáveis, por estar fora das atribuições dos inspetores.
O documento confirma informações do relatório preliminar, entregue a Ban Ki-moon no dia 16 de setembro, sobre o massacre com armas químicas feito, segundo os ocidentais, pelas forças do regime em 21 de agosto. A missão ;recolheu provas flagrantes e convincentes da utilização de armas químicas contra civis, entre eles crianças, em uma escala relativamente ampla, na região de Ghouta, Damasco, em 21 de agosto;.
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Sobre Khan Al Assal, onde o regime e a oposição se acusam mutuamente de usar armas químicas, a missão ;recolheu informações que corroboram as denúncias de utilização de armas químicas, em 19 de março de 2013, contra soldados e civis;.
Em Jobar, perto de Damasco, foi constatada provável utilização de armas químicas, em 24 de agosto de 2013, em uma escala relativamente fraca, contra os soldados;, mas sem informações confiáveis quanto ao sistema de lançamento dessas armas. No Noroeste da Síria, em Saraqeb, ;as provas recolhidas sugerem que foram utilizadas armas químicas em 24 de agosto, em fraca escala, contra civis;.
Perto de Damasco, em Achrafié Sahnaya, os indícios recolhidos ; por norma, testemunhos, resíduos de munições, amostras de terra e sangue ; sugerem a utilização de armas químicas em 25 de agosto, ;em fraca escala, contra soldados;. Sobre as denúncias de ataques em Bahhariyé, em 22 de agosto, e a Cheikh Maqsoud, em 13 de abril, os inspetores ;não puderam provar as acusações. O relatório de 82 páginas, que inclui anexos técnicos, foi encaminhado aos membros do Conselho de Segurança da ONU e deve ser examinado segunda-feira (16).