Agência France-Presse
postado em 14/12/2013 09:37
Washington - Um painel da ONU exigiu na sexta-feira ao Irã que liberte um americano detido por acusações de espionagem há dois anos e meio, alegando que o julgamento não obedeceu os parâmetros internacionais de justiça.
O grupo de trabalho do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre detenções arbitrárias criticou o Irã por não ter acusado Amir Hekmati durante os seis meses posteriores à detenção, em agosto de 2011, e por permitir apenas uma breve visita do advogado, sem acesso ao arquivo do caso.
O painel afirma que o desrespeito pelo Irã das normas internacionais no caso "é de uma gravidade tal que confere à privação de liberdade de Hekmati um caráter arbitrário".
"O grupo de trabalho considera que, levando em consideração todas as circunstâncias do caso, o remédio adequado seria a libertação de Hekmati", afirma um comunicado.
O ex-militar iraniano-americano de 30 anos foi detido no Irã por espionagem, mas a família afirma que ele estava no país para visitar a avó.
Apesar dos desmentidos do governo americano, Hekmati foi condenado à morte, pena anulada em março de 2012 pela Suprema Corte iraniana.