Agência France-Presse
postado em 15/12/2013 13:06
Berlim - O líder dos social-democratas (SPD), Sigmar Gabriel, será o ministro da Economia e vice-chanceler do governo de Angela Merkel e seu companheiro de partido, Frank-Walter Steinmeier, ministro das Relações Exteriores da Alemanha, já Wolfgang Schauble continuará com a pasta das Finanças, anunciou neste domingo o principal dirigente do SPD.Gabriel terá como missão a transição energética, um tema importante para a Alemanha nos próximos anos, após a decisão de abandonar a energia nuclear, após o acidente da central atômica japonesa de Fukushima em 2011.
"Todas as funções da política energética estarão concentradas no Ministério da Economia. É uma tarefa imensa", comentou Gabriel.
Steinmeier, de 57 anos, até agora líder da bancada parlamentar do SPD, voltará a ser ministro das Relações Exteriores, cargo que ocupou na primeira "grande coalizão" de Merkel (2005-2009).
Gabriel, que comandou a pasta do Meio Ambiente no primeiro governo de Merkel, afirmou que Steinmeier "certamente é o político alemão mais competente em termos de política internacional".
O democrata-cristão Wolfgang Schauble, de 71 anos, uma das figuras mais influentes na crise do euro, continuará à frente do Ministério das Finanças.
Schauble se descreve como "implacável" na hora de administrar o dinheiro público e aplica, desde 2010, esta mesma intransigência com os outros países da União Europeia, pedindo um reforço da disciplina orçamentária e impondo condições severas para outorgar fundos a países em dificuldades como a Grécia.
A chanceler alemã também informou que a ex-ministra de Trabalho, Ursula von der Leyen, será ministra da Defesa.
Os outros cargos reservados ao SPD no gabinete de Merkel serão ocupados por Andrea Nahles (Trabalho e Assuntos Sociais), Barbara Hendricks (Meio Ambiente), Manuela Schwesig (Família), Aydan ;zuguz (Migração).
O Partido Social-Democrata (SPD) anunciou no sábado que seus filiados aprovaram em referendo interno o projeto de governo com os conservadores, abrindo o caminho para o terceiro mandato de Angela Merkel como chefe de Governo.
Apesar das reservas iniciais das bases do SPD, o projeto foi aprovado por ampla maioria.