Agência France-Presse
postado em 15/12/2013 13:32
Seul - A tia do líder norte-coreano, Kim Jong-Un, continua viva após a execução do seu marido, Jang Song-Thaek, apesar dos temores de que esta limpeza na cúpula do poder também possa afetar parentes de Jang. Kim Kyong-Hui, irmã de Kim Jong-Il, pai do atual líder e ex-dirigente do país, foi nomeada para participar do Comitê de Funerais de um alto dirigente do partido falecido na sexta-feira, noticiou na noite de sábado a agência de notícias oficial KCNA.
Seu nome aparece ao lado de várias autoridades do partido e do exército, entre eles o do ministro da Defesa, Jang Jong-Nam, e de Choe Ryong-Hae, um confidente do jovem ditador e diretor do escritório político do exército.
Leia mais notícias em Mundo
Seu nome aparece ao lado de várias autoridades do partido e do exército, entre eles o do ministro da Defesa, Jang Jong-Nam, e de Choe Ryong-Hae, um confidente do jovem ditador e diretor do escritório político do exército.
Leia mais notícias em Mundo
O fato de Kim Kyong-Hui ter sido convocada para participar de uma cerimônia oficial implica em que mantém o favor do sobrinho, em pleno processo de consolidação do seu poder na condução do país.
Durante muito tempo número dois do regime, Jang Song-Thaek, de 67 anos, tio e mentor de Kim Jong-Un, foi executado na quinta-feira por corrupção e complô para derrubar o governo, entre outras acusações. Jang era vice-presidente da comissão de defesa nacional, considerada o órgão de decisão mais importante do país.
Sua execução ocorreu dias depois de ter sido destituído de todos os cargos no partido e no exército e representa a maior mudança política desde que Kim herdou o poder, após a morte do pai, em dezembro de 2011.
Em Washington, o secretário de Estado americano, John Kerry, advertiu que a morte do tio do líder norte-coreano é um "mau sinal" que aumenta a preocupação pela instabilidade de um país com aspirações nucleares. "Ter armas nucleares, potencialmente, nas mãos de alguém como Kim Jong(-Un), é algo ainda mais inaceitável", disse Kerry à emissora americana de televisão ABC.
Tios de Kim Jong-Un, Jang e Kim Kyong-Hui eram considerados o casal mais influente de Pyongyang, ocupando dois postos chaves no partido no poder, apesar de que Kyong-Hui, também de 67 anos, ter menos visibilidade nos últimos anos, o que segundo boatos se devia a um sério problema de saúde que exigiu tratamento médico em Cingapura.