A conservadora Angela Merkel foi reeleita nesta terça-feira (17/12), por ampla maioria, como chanceler da Alemanha para um terceiro mandato consecutivo, anunciou o presidente do Bundestag (Câmara dos Deputados), Norbert Lammert.
Angela Merkel dirigirá um governo "de grande coalizão", integrado pelos democrata-cristãos da CDU, os social-cristãos da CSU e os social-democratas do SPD.
Merkel obteve 462 votos dos 621 deputados que participaram na votação (de um total de 631), 74% de apoio. A nova maioria conta com 504 cadeiras no Bundestag.
Lammert anunciou que 150 deputados votaram contra Merkel e nove em branco. "Aceito a votação e agradeço a confiança concedida", declarou Merkel, de 59 anos, após o anúncio do resultado. A reeleição ocorre após três meses de negociações - um recorde - para o novo governo da principal economia europeia. Merkel foi a grande vencedora das eleições de 22 de setembro, com 41,5% dos votos.
Mas a saída da Câmara dos Deputados de seu aliado até então, o Partido Liberal (FDP), em consequência dos baixos resultados, obrigou a chanceler a buscar novos aliados para formar o governo. Esta será a segunda vez que Merkel comandará uma "grande coalizão", após a primeira experiência entre 2005 e 2009.
O partido de Merkel, a CDU, e seu braço bávaro, a CSU, contam com 311 cadeiras no Bundestag, enquanto o SPD, com o qual concluiu o acordo de coalizão, tem 193.
Ela deve prestar juramento no Bundestag e, no final do dia, presidir o primeiro conselho de ministros da nova legislatura.
Na manhã de quarta-feira, Merkel discursará aos deputados, um dia antes de uma reunião de cúpula dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia em Bruxelas.
Depois, como é tradicional, fará a primeira viagem oficial a França, onde deve jantar com o presidente François Hollande.
A reeleição acontece após três meses de negociações - um recorde - para estabelecer o novo governo da principal economia europeia.
Apesar da ampla vitória em setembro, com 41,5% dos votos, Merkel teve que buscar novos aliados para formar o governo, depois que seu aliado tradicional, o Partido Liberal (FDP), ficou de fora do Bundestag em consequência do fraco resultado eleitoral.
[SAIBAMAIS]Esta será a segunda vez que Merkel comandará uma "grande coalizão", após a primeira experiência entre 2005 e 2009.
O novo governo estabeleceu um programa que destaca a criação de um salário mínimo nacional, de 8,5 euros a hora, e que também inclui o aumento das aposentadorias da menor faixa e a limitação da alta dos aluguéis.
A chanceler prometeu na segunda-feira que os conservadores, que ocuparão os postos chaves no governo, serão "aliados justos" na coalizão com os outrora adversários políticos. Durante a crise do euro, os dois partidos, então rivais, estiveram em absoluta sintonia e o SPD aprovou todos os planos de resgate propostos por Merkel.
Além da chancelaria, os conservadores comandarão a pasta estratégica das Finanças, com o veterano Wolfgang Sch;uble, de 71 anos, assim como os ministérios da Defesa e do Interior, enquanto o SPD controlará as pastas das Relações Exteriores e do Trabalho.
O líder do SPD, Sigmar Gabriel, terá o cargo honorário de vice-chanceler e será o ministro da Economia e Energia, responsável pela transição energética, um grande desafio para o país, que decidiu abandonar a energia nuclear.