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Começa 18º ciclo de negociação entre governo colombiano e Farc

Há pouco mais de um ano o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, dizia que esperava que o processo fosse concluído até as eleições presidenciais previstas para maio do ano que vem

postado em 17/12/2013 09:58
Bogotá - Negociadores das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do governo retomam nesta terça-feira (17/12) os diálogos pelo fim do conflito armado no país. A delegação do governo seguiu para Cuba na tarde dessa segunda-feira (16/12) para continuar o debate sobre o problema das drogas ilícitas, o terceiro item da pauta de negociação.

No dia 8 de dezembro, as Farc anunciaram um cessar fogo unilateral. A trégua terá um mês e foi iniciada nesse domingo (15/12), em razão das festividades de Natal e fim de ano. O governo do país, no entanto, manterá a ofensiva militar.

No encerramento da última rodada, as Farc e o governo divulgaram comunicado conjunto com o relatório acerca do acordo parcial sobre a participação política, firmado em novembro. Além do tema das drogas, a agenda tem três assuntos pendentes para discussão: a reparação das vítimas do conflito, o desarmamento e a desmobilização de guerrilheiros e as garantias para o cumprimento dos acordos firmados no pós-conflito. Já houve consenso também sobre o desenvolvimento agrário, o primeiro item de negociação.



Há pouco mais de um ano, no início das negociações, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, dizia que esperava que o processo fosse concluído até as eleições presidenciais previstas para maio do ano que vem. Agora, ele já não fala em tempo.

;Não há como falar em uma data para terminar o processo, mas hoje eu estou cem por cento confiante de que vamos conseguir firmar um acordo total com essa negociação;, disse Santos, durante café da manhã promovido na semana passada com correspondentes internacionais, entre eles a Agência Brasil.

O clima deste ciclo de negociações, entretanto, pode enfrentar certa tensão, porque os diálogos serão retomados após a destituição do prefeito de Bogotá, Gustavo Petro. Ex-guerrilheiro do M-19 e representante importante da esquerda colombiana, ele é um dos grandes apoiadores do processo de paz. Após o anúncio da destituição, as Farc se pronunciaram dizendo que a decisão poderia ;afetar o andamento das negociações em Havana;.

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