Agência France-Presse
postado em 17/12/2013 13:26
A polícia britânica rejeitou a tese de um envolvimento da tropa de elite SAS na morte da princesa Diana, afirmando que não há evidências concretas que apoiem a teoria de assassinato.Em um comunicado publicado nesta madrugada, a Scotland Yard indica que concluiu a análise de novos dados recebidos em 16 de agosto de 2013 sobre a morte da princesa Diana e de Dodi Al-Fayed para avaliar sua "pertinência e credibilidade e decidir se justificam a reabertura de uma investigação criminal".
Segundo o jornal Daily Telegraph, as informações em questão teriam surgido durante o julgamento de Danny Nightingale, um atirador de elite da SAS, em um caso de porte de arma ilegal.
Os padrastos de outro membro da SAS, o "soldado N", também condenado neste julgamento, assegurou nesta ocasião de que ele tinha dito a sua ex-esposa que sua unidade havia "organizado" a morte do princesa, segundo o jornal.
Forçada a investigar, a polícia concluiu que "não havia nenhuma evidência crível ou relevante para apoiar a ideia de que as alegações têm qualquer fundamento". "Não há nenhuma razão convincente para abrirmos uma investigação criminal", declarou a Scotland Yard.
Um relatório das investigações realizadas desde agosto foi enviado às partes interessadas neste caso, acrescentou a polícia. Simon McKay, advogado de Mohamed Al-Fayed, pai de Dodi, que acredita que seu filho e Diana foram assassinados, considerou que as investigações foram "a última tentativa de abafar o caso em 16 anos de acobertamentos". "O Sr. Al-Fayed continuará sua luta pela verdade", ressaltou.
"A polícia metropolitana nunca deveria ter sido encarregada de investigar este caso, porque ela tem algum interesse em alcançar o resultado que nos fornece. Qualquer outra conclusão teria colocado em dúvida o próprio relatório Paget", denunciou o advogado.
Este relatório contém os resultados da investigação policial denominada "Operação Paget", que durou dois anos e, em 2006, invalidou muitas teorias da conspiração sobre o acidente.
Diana, Dodi Al-Fayed e o motorista Henri Paul morreram no dia 31 de agosto de 1997 em um acidente de carro em Paris. O guarda-costas do casal, Trevor Rees-Jones, foi o único sobrevivente da colisão.
As investigações realizadas pela polícia francesa e britânica concluíram que o acidente foi causado pelo estado de embriaguez do motorista, que também dirigia em alta velocidade para escapar dos paparazzi.