Baalbeck - A explosão de um carro-bomba nesta terça-feira (17/12) perto de um posto do movimento Hezbollah em Sbuba, leste do Líbano, provocou um número indeterminado de mortes, indicou à AFP uma autoridade dos serviços de segurança.
"A explosão aconteceu às 04h (00h de Brasília), em uma posição do Hezbollah em Sbuba, e provocou mortos e feridos", afirmou a fonte. Segundo a rede de televisão Al-Manar, do poderoso partido xiita, o atentado "tinha como alvo um posto" do Hezbollah nos arredores de Sbuba, na região de Bekaa.
Habitantes da região disseram à AFP que o posto era utilizado por combatentes do Hezbollah, principalmente por membros do partido que vão lutar contra rebeldes na Síria. Nos últimos meses, o Hezbollah foi alvo de vários ataques nas áreas que controla na região leste do Líbano, assim como em Beirute.
Trata-se, segundo os especialistas, de uma resposta ao envolvimento do grupo xiita apoiado por Teerã no conflito sírio, que divide profundamente o Líbano entre partidários e opositores do presidente Bashar al-Assad.
O Hezbollah enviou milhares de milicianos para combater ao lado das tropas do regime sírio, o que tem provocado o descontentamento de sunitas na Síria e no Líbano.
Um fotógrafo da AFP no local viu um veículo completamente destruído e dois outros queimados. Segundo a Al-Manar, o carro-bomba, "que estava estacionado perto do posto, explodiu quando membros do Hezbollah se aproximaram".
O veículo estaria "carregado com uma bomba de 60 kg" e a explosão teria deixado uma cratera de três metros de diâmetro, segundo a rede.
Além desse ataque, no final da tarde seis foguetes disparados a partir da Síria atingiram Hermel, no leste do país, segundo a fonte da segurança, que indicou dois civis feridos. Já o Exército indicou dois soldados feridos na queda de um foguete em um quartel.
Os disparos de foguetes desta terça foram reivindicados por um grupo armado sírio chamado "Companhia Marwan Hadid", nome de um ex-membro da Irmandade Muçulmana morto na prisão em 1976.
Segundo o comunicado do grupo, a operação foi realizada em conjunto com jihadistas da Frente Al-Nosra no Líbano.