A Casa Branca divulgou nesta quarta-feira (18/12) o relatório elaborado por um painel de especialistas sobre os programas de espionagem e vigilância eletrônica da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês).
No documento, os especialistas sugerem mais cooperação da NSA com os países aliados e pedem que sejam mantidas "robustas" capacidades de inteligência. O texto afirma ainda que a NSA não deve reter em suas bases os chamados "metadados" telefônicos coletados.
Criado a pedido do presidente Barack Obama, o painel divulgou 46 recomendações, que incluem a necessidade de reforma na Corte de Vigilância de Inteligência Externa.
O relatório de 308 páginas, entregue semana passada à Casa Branca e divulgado nesta quarta-feira, diz que o governo americano tem de equilibrar os interesses da segurança nacional e o trabalho de inteligência com a vida privada dos cidadãos e com a "proteção da democracia, das liberdades civis e com o império da lei".
Em entrevista coletiva, o ex-assessor da Casa Branca para questões de terrorismo e membro do painel Richard Clarke frisou: "não estamos dizendo que a luta contra o terrorismo terminou".
Clarke ressaltou que há "mecanismos que devem ser mais transparentes, devem ter uma visão mais independente" e mencionou a necessidade de "dar ao público um sentido de confiabilidade que vá além do que vai hoje".
O relatório pede ainda que sejam dados "passos significativos" para "proteger a privacidade dos cidadãos" não americanos e que haja mais cooperação com os aliados para evitar asperezas diplomáticas em função dos trabalhos de inteligência dos Estados Unidos.