"Esta manhã as milícias atiraram e mataram três soldados indianos no Sudão do Sul", declarou o embaixador indiano.
Segundo o porta-voz Farhan Haq, diante da ação, 40 capacetes azuis indianos da base foram transferidos para um campo militar do Sudão. De acordo com a ONU, os jovens forçaram a entrada na base - onde estavam refugiados 30 civis da etnia Dinka, e "não houve combate" com os capacetes azuis.
Haq também falou de informações ainda não confirmadas de vários estudantes assassinados por forças de segurança na Universidade Juba, na capital do país, na quarta-feira. Centenas de estudantes haviam permanecido no campus da universidade e pediam proteção da ONU, explicou.
Entre 2.000 e 5.000 civis se reuniram em outra área de Juda, conhecida como o complexo Kator, e também pediram ajuda à missão da ONU no Sudão do Sul, acrescentou Haq. O Sudão do Sul é sacudido por um conflito entre os seguidores do presidente Salva Kiir, da etnia Dinka, e do ex-vice-presidente Riek Machar, um Nuer.
Segundo a ONU, entre 500 e 800 pessoas teriam morrido nos confrontos esta semana entre facções do Exército leais a Salva Kiir e a Riek Machar, e a situação é "instável e confusa" no país. Rebeldes leais a Riek Machar anunciaram nesta quinta a conquista de Bor, capital do estado de Jonglei, o que foi confirmado pelo porta-voz militar Philip Aguer.
O Sudão do Sul - um país rico em petróleo, mas com uma população muito pobre - vive em permanente instabilidade desde sua independência do Sudão, em 2011.