Agência France-Presse
postado em 21/12/2013 16:43
Londres - Famílias das vítimas do atentado contra um avião da companhia americana Pan Am, que deixou 270 mortos há 25 anos sobre a cidade de Lockerbie (Escócia), participam neste sábado de cerimônias na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos.
Ao lado do representante do governo americano Craig Lynes, o primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, depositou uma coroa de flores em frente ao monumento em homenagem aos mortos dessa tragédia, no cemitério Dryfesdale da pequena cidade de Lockerbie.
"Dos atos impiedosos e covardes cometidos na História por aqueles que tentam disseminar o terror em nossos corações, vem a força de continuar lutando e de impedir que pessoas e organizações cometam atrocidades semelhantes", declarou Craig Lynes. "Estamos todos unidos na busca da verdade", acrescentou.
[SAIBAMAIS]
Apenas uma pessoa foi condenada por esse atentado. Uma missa será realizada em Londres, na Abadia de Westminster. O secretário de Estado britânico para a Escócia, Alistair Carmichael, deve comparecer ao evento.
Do outro lado do Atlântico, também há cerimônias previstas. Uma será no cemitério militar de Arlington, perto de Washington, com a presença do procurador-geral dos EUA (ministro da Justiça), Eric Holder, e de representantes escoceses. A outra acontecerá na Universidade de Siracusa, em Nova York, cidade de várias vítimas do atentado.
Em nota divulgada neste sábado, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, garantiu que "o terrorismo não triunfará jamais". Para ele, "Lockerbie é um dos piores desastres da aviação e o ato terrorista mais sangrento já cometido no Reino Unido".
Em 21 de dezembro de 1988, um Boeing 747 da Pan Am, que voava entre Londres e Nova York, explodiu acima de Lockerbie, na Escócia, 38 minutos depois de ter decolado. Os 259 passageiros - americanos, basicamente - e membros da tripulação morreram, assim como 11 moradores de Lockerbie.
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Em 2003, o regime de Muamar Khadafi reconheceu oficialmente sua responsabilidade no atentado e, depois, pagou US$ 2,7 bilhões de indenização às famílias das vítimas.
A única pessoa condenada, Abdelbaset al-Megrahi, faleceu em maio de 2012 na Líbia, após ser solto três anos antes pelo governo escocês por razões de saúde.