Agência France-Presse
postado em 21/12/2013 17:48
Bangui - O presidente centro-africano, Michel Djotodia, fez um apelo neste sábado por um "arranque nacional", e renovou sua oferta de diálogo com as milícias cristãs "anti-balaka" para chegar ao desarmamento."Renovo minha inteira disponibilidade para discutir com todos aqueles que tomaram as armas, com ou sem razão, para que todos nós, enfim, sem exceção, fiquemos desarmados", declarou o presidente Djotodia, em uma entrevista coletiva.
"Um desarmamento físico, mas, também e sobretudo, um desarmamento do coração, porque a sobrevida da nossa nação depende disso", frisou.
O ex-chefe da rebelião Seleka, coalizão de grupos armados muçulmanos que assumiram em março de 2013, falou com os jornalistas em sua residência em Bangui.
"De toda a história recente do nosso país, a República Centro-Africana nunca foi tanto alvo de preocupações internacionais como agora", declarou o ex-chefe rebelde.
[SAIBAMAIS]
"Uma mobilização internacional desse nível desafia todos nós (...) Transformemos, a partir de agora, nossos facões, nossos fuzis e outras armas em cédulas de voto (...)", convocou.
"Estamos condenados a desencadear a batalha da reconciliação nacional para o triunfo do bem sobre o mal. Mas, para chegar lá, precisamos de uma dose maior de patriotismo e de um arranque nacional", acrescentou.
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Quase mil pessoas já foram mortas desde 5 de dezembro em Bangui e na província, em confrontos entre cristãos e muçulmanos, de acordo com números da ONG Anistia Internacional. A maioria das vítimas foi morta em represálias da Seleka, mas também nos ataques e atrocidades cometidos pelas milícias anti-balaka.