No dia em que 16 pessoas, incluindo o filho de dois ministros, foram acusadas de envolvimento em corrupção, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, alertou que pode expulsar embaixadores estrangeiros ;envolvidos em ações provocativas; que, segundo ele, visam enfraquecer o governo. A ameaça contra diplomatas foi entendida como uma mensagem direta ao representante americano no país, Francis Ricciardone, acusado por jornais governistas de encorajar um processo contra o gerente-geral do banco estatal Halkbank, Suleyman Aslan. O funcionário turco foi preso e indiciado por suspeitas de ter aceitado suborno para não interromper as transações econômicas com o Irã, uma violação das sanções internacionais contra o regime teocrático islâmico.
Erdogan chamou a investigação policial de ;operação suja; e prometeu agir contra os responsáveis pelo inquérito. Uma primeira resposta do governo foi afastar chefes de polícia de seus postos, sob a acusação de terem abusado do cargo para impedir o avanço das apurações. De acordo com a imprensa local, as prisões, iniciadas na semana passada, são o resultado de trabalhos de vigilância e de fiscalização de mais de um ano de duração. Ao todo, 24 pessoas estão detidas à espera de julgamento por receber ou facilitar o pagamento de subornos, informou a agência de notícias turca Anadolu. Ontem, um tribunal ordenou a libertação de 33 presos, incluindo o prefeito do distrito de Fatih, na capital Istambul, Mustafa Demir, e de Abdullah Oguz Çaglayan, filho do ministro do Meio Ambiente.
O embaixador Ricciardone defendeu-se por meio do microblog Twitter da representação diplomática americana, ao afirmar que os Estados Unidos não estão envolvidos ;de forma alguma; com a crise da Turquia. ;A amizade e a cooperação entre os EUA e a Turquia são importantes para os dois países;, escreveu. ;Ninguém deveria prejudicar as relações baseadas em alegações.; Fontes diplomáticas consultadas pela Anadolu informaram que o chanceler turco, Disisleri Bakanligi, considerou as declarações do diplomata ;suficientes; e, por isso, não pretende convocá-lo para novas explicações.
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