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CIA ajudou governo colombiano a combater as Farc há mais de dez meses

Estados Unidos forneceram inteligência e bombas para atacar comandantes da guerrilha

postado em 23/12/2013 08:55
Soldado colombiano vigia local em que Reyes foi morto, em 2008: americanos descobriram o esconderijo
A Agência Central de Inteligência (CIA) coopera há mais de 10 anos com o governo colombiano para combater as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), revelou ontem uma reportagem do jornal The Washington Post. Até então, a ajuda norte-americana não tinha sido publicamente confirmada. De acordo com mais de 30 entrevistas realizadas com oficiais americanos e colombianos, a CIA auxiliou as forças do país no assassinato de pelo menos 12 líderes da guerrilha.

Os EUA ainda colaboram com uma ajuda oficial e pública ao governo sul-americano, chamada de Plano Colômbia ; desde 2000, o programa destinou US$ 9 bilhões a Bogotá. A revelação surge em meio a um avanço nas negociações de paz entre o governo de Juan Manuel Santos e a liderança das Farc, iniciadas em novembro de 2012 em Havana.



O interesse americano na Colômbia tem o objetivo de evitar que o eventual fortalecimento da guerrilha desestabilize a região. Há pouco mais de uma década, os Estados Unidos temiam que o governo colombiano entrasse em colapso. À época, o país registrava o maior número de assassinatos do mundo e era foco do tráfico de drogas. Foi então que a administração Bush aprovou o Plano Colômbia. No programa revelado pelo Washington Post, 40 agências e pelo menos 4,5 mil empregados norte-americanos estavam envolvidos em ajudar Bogotá. Segundo a reportagem, ele ainda está em funcionamento e conta com duas vertentes principais: fornecer informações de inteligência ao governo e, desde 2006, disponibilizar ferramentas para matar os guerrilheiros.

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