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Irmandade Muçulmana anuncia que 450 presos começaram greve de fome no Egito

Entre os que iniciaram esta greve de fome está Esam al Arian, número dois do partido da Liberdade e Justiça (PLJ)

Agência France-Presse
postado em 23/12/2013 13:57
Partidários da Irmandade Muçulmana e deposto presidente egípcio Mohamed Mursi participaram de confrontos com a polícia anti-motim no Cairo
A Irmandade Muçulmana egípcia anunciou nesta segunda-feira (23/12) que mais de 450 presos islamitas, incluindo pessoas próximas ao presidente deposto Mohamed Mursi, iniciaram uma greve de fome contra as más condições de detenção.



"Mais de 450 membros da Irmandade Muçulmana presos políticos e próximos a Mursi iniciaram uma greve de fome para denunciar o tratamento desumano na prisão", anunciou pelo Twitter o grupo, reprimido severamente pelo poder atual. "Muitos presos políticos da Irmandade Muçulmana têm proibidas as visitas de familiares, a assistência jurídica, os cuidados médicos e (moram) em celas superlotadas e insalubres", disse ela.

[SAIBAMAIS]Entre os que iniciaram esta greve de fome estão Esam al Arian, número dois do partido da Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, Mohamed Beltagi, um ex-parlamentar, e Jairat al Shater, que era considerado o verdadeiro ;homem forte; da confraria.

Após o golpe de julho passado, que depôs o presidente islamita, o novo poder nomeado pelo exército reprimiu de forma sangrenta os manifestantes pró-Mursi, particularmente desde 14 de agosto, quando policiais e soldados mataram centenas de partidários, ao dispersar um protesto no Cairo. Desde então, mais de mil manifestantes morreram.

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