Agência France-Presse
postado em 24/12/2013 08:38
Moscou - A Justiça russa informou um militante do Greenpeace, acusados de vandalismo por uma ação de protesto no Ártico, sobre o fim da investigação contra eles, em aplicação da lei de anistia aprovada pelo Parlamento russo na semana passada, indicou nesta terça-feira (24/12) à AFP uma porta-voz da ONG. "Três pessoas já foram notificadas sobre o fim das ações judiciais. Esperamos que nos próximos dias, até o fim da semana, os 30 casos sejam encerrados e as autorizações para sair do país sejam fornecidas", declarou a porta-voz, Maria Favorskaya.
[SAIBAMAIS]Das trinta pessoas processadas, 26 não são russas, entre elas a brasileira Ana Paula Maciel. Sem o visto de seu passaporte que certifica sua entrada legal no país, até o momento os militantes ecologistas não puderam deixar o território russo. A porta-voz declarou que a primeira pessoa que recebeu esta notificação era britânica, mas não quis fornecer a identidade das outras duas.
Favorskaya indicou que os trinta membros da tripulação do barco do Greenpeace assinaram um dia antes um documento no qual não se opunham à lei de anistia, aprovada na semana passada pelo Parlamento russo. Os membros da tripulação do "Artic Sunrise" foram detidos em setembro após uma ação contra uma plataforma petroleira da Gazprom no Ártico. Depois de serem transferidos a São Petersburgo, foram colocados em liberdade sob fiança em novembro.
Acusados em um primeiro momento de pirataria, um crime castigado com até 15 anos de prisão, finalmente foram acusados de vandalismo, um crime punido com uma pena de até sete anos de prisão. Este anúncio foi feito um dia após a libertação das duas jovens do grupo punk Pussy Riot, também anistiadas, e quatro dias depois do indulto concedido pelo presidente russo, Vladimir Putin, ao ex-magnata russo e líder opositor do Kremlin Mikhail Khodorkovsky.