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Pesquisa mostra que para maioria dos palestinos, Israel matou Arafat

Segundo a pesquisa, o apoio ao Hamas, no poder na Faixa de Gaza, diminuiu, sem dúvida devido às dificuldades que o território palestino vive desde o fechamento dos túneis de contrabando sob a fronteira com o Egito

Agência France-Presse
postado em 24/12/2013 17:23
A maioria dos palestinos acredita que seu líder histórico, Yasser Arafat, foi envenenado por Israel, revelou uma pesquisa publicada nesta terça-feira que destaca também o recuo do partido islamita Hamas perante o Fatah, do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas.

Segundo esta pesquisa, feita pelo Palestinian Center for Policy and Survey Research (PSR), em Ramallah, 59% dos palestinos consideram Israel responsável pelo envenenamento de Arafat e 21% pensam que ele foi envenenado por palestinos ou palestinos vinculados a israelenses.

Análises suíças e francesas descobriram recentemente quantidades anormalmente elevadas do elemento radioativo polônio nos restos mortais de Yasser Arafat e o laboratório suíço concluiu que a hipótese de envenenamento era provável, enquanto o relatório francês a descartou.



Ainda segundo a pesquisa, o apoio ao Hamas, no poder na Faixa de Gaza, diminuiu, sem dúvida devido às dificuldades que o território palestino vive desde o fechamento dos túneis de contrabando sob a fronteira com o Egito.

[SAIBAMAIS]Se fossem realizadas eleições legislativas neste momento, o Hamas teria 29% dos votos, o que representa uma redução de dois pontos com relação à última consulta, realizada em setembro, contra 40% do Fatah (que avançou dois pontos), partido Mahmud Abbas que governa regiões autônomas da Cisjordânia.

As causas da morte de Arafat, em 11 de novembro de 2004 em um hospital francês, nunca foram esclarecidas e muitos palestinos culpam Israel de tê-lo envenenado com a cumplicidade de pessoas de seu entorno, algo que o Estado hebreu sempre rechaçou.

Esta consulta foi feita por meio de entrevistas diretas com uma amostragem de 1.270 adultos, entre 19 e 22 de dezembro na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, e têm margem de erro de 3%.

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