Agência France-Presse
postado em 25/12/2013 11:27
Cairo - Um grupo jihadista instalado no Sinai egípcio e próximo à Al-Qaeda, Ansar Beit al-Maqdes, reivindicou nesta quarta-feira em um comunicado o atentado que deixou na terça-feira 15 mortos, em sua maioria policiais, no Egito. Os ataques contra as forças de segurança se multiplicaram no Egito desde que o exército destituiu, em julho, o presidente islamita Mohamed Mursi.O Ansar Beit al-Maqdes reivindicou vários deles, sobretudo uma operação suicida em setembro contra o comboio do ministro do Interior, que saiu ileso. Na terça-feira, um caminhão carregado, segundo o ministério do Interior, com dezenas de quilos de explosivos explodiu em frente a um edifício da polícia da cidade de Mansura, capital provincial de Daqaleya, no delta do Nilo.
[SAIBAMAIS]Quinze pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas no ataque. As autoridades interinas egípcias, que classificaram a ação como uma tentativa de dificultar a transição do país em direção à democracia, consideraram que a Irmandade Muçulmana estava por trás do atentado.
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Mas o grupo do qual Mursi é proveniente condenou na própria terça-feira este atentado com carro-bomba. Em um hospital local, Mostafa Hadi, um policial ferido, contou à AFP que "ouviu uma explosão enorme". "Fez com que eu voasse pelos ares e desmaiei", acrescentou.
Um edifício próximo desabou e as fachadas de outros prédios ficaram destruídas, contou um jornalista a AFP, que também viu um carro completamente destroçado.