Agência France-Presse
postado em 25/12/2013 14:51
Cairo - Pelo menos 44 pessoas morreram nesta quarta-feira no Iraque, 35 delas em um atentado contra um mercado do sul de Bagdá, anunciaram responsáveis."Duas bombas explodiram em um mercado de Dura (um bairro do sul de Bagdá), matando 35 pessoas e ferindo 56", informou à AFP Saad Maan, porta-voz do ministério, explicando que o alvo do atentado era o mercado, e não uma igreja próxima, como haviam afirmando anteriormente as forças de segurança.
"A zona que foi alvo (do ataque) é uma área onde vivem muçulmanos e crstãos", acrescentou. Um sacerdote assírio de Dura confirmou à AFP que a igreja "não tinha nada a ver com o atentado" e o patriarca caldeu, Louis-Raphael Sako, ressaltou que o ataque "era dirigido contra um local pobre próximo à igreja de Dura".
A embaixada dos Estados Unidos em Bagdá condenou o atentado em um comunicado. O ano de 2013 foi terrível para o Iraque, com níveis de violência similares aos de 2008, quando o país saía de uma guerra civil. Mais de 6.650 pessoas morreram desde o início do ano no país, segundo um balanço da AFP.
[SAIBAMAIS]
A maior parte dos atentados ocorrem em locais muito movimentados, como mercados, cafeterias, mesquitas, para provocar o maior número possível de vítimas.
Ao norte de Bagdá, uma bomba explodiu nesta quarta-feira sob as arquibancadas de um estádio de futebol, matando quatro pessoas, entre elas dois policiais, e ferindo 11.
Segundo um relatório publicado em março, pelo menos 112.000 civis morreram no Iraque nos 10 anos transcorridos desde a invasão de 2003 dirigida pelos Estados Unidos, que derrubou Saddam Hussein.
A invasão americana colocou fim ao regime de Saddam Hussein, mas abriu um capítulo sangrento na história do Iraque, convertendo o país em um campo de batalha entre insurgentes e tropas estrangeiras.
Leia mais notícias em Mundo
As autoridades costumam acusar a Al-Qaeda por estas ações violentas e consideram que a guerra civil na vinha Síria está favorecendo os membros da rede islamita.
Mas alguns especialistas e diplomatas afirmam que o governo é incapaz de satisfazer às demandas e frustrações que alimentam a violência. A agitação é especialmente visível na minoria sunita, que é considerada marginalizada e perseguida pelo governo, dominado pelos xiitas.