A família da bióloga Ana Paula Maciel espera na manhã de hoje o desembarque da ativista do Greenpeace em Porto Alegre, último capítulo do drama iniciado em 19 de setembro, no litoral russo do Mar Ártico. Ana Paula e mais 29 militantes da ONG ambientalista foram presos durante um protesto contra a exploração de petróleo na região e processados por pirataria e vandalismo, mas estão entre cerca de 20 mil beneficiados por uma anistia aprovada na semana passada pela Duma (Câmara dos Deputados russa), com apoio do presidente Vladimir Putin. A brasileira embarcou na noite de ontem em São Petersburgo, com destino a Frankfurt e São Paulo, com chegada prevista para as 11h na capital gaúcha, a tempo de passar com a família a noite de ano-novo. Em nota divulgada pelo Itamaraty, o governo brasileiro expressou ;satisfação; pelo retorno da bióloga.
;Estou ansiosa por retornar para a minha terra, mas não se pode falar em final feliz enquanto o Ártico continuar derretendo, a Amazônia continuar se reduzindo e os oceanos, se envenenando. Eu tomei uma atitude e assumi os riscos por enxergar a urgência de mudar os rumos da humanidade;, disse Ana Paula antes da partida, de acordo com a assessoria de imprensa do Greenpeace. ;Deixo a Rússia da mesma maneira como entrei: de cabeça erguida e com a consciência limpa. Temos a convicção de que fizemos o bem para proteger o planeta para esta e para as futuras gerações.;